segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Carros sem motoristas [[compartilhados e, portanto, em constante circulação]] podem ser parte da solução para os congestionamentos, falta de espaços para rodar e estacionar, poluição e redução de acidentes nas grandes metrópoles

Do evento:

FUTURO: Como você o enxerga?
https://www.facebook.com/events/299984760212606/


Veja abaixo como poderia acontecer:

Isto porque o verdadeiro mecanismo de eficiência de geração de abundância só pode ser encontrado na orientação sistêmica em larga escala, tendo em conta a presente sinergia entre as leis de sustentabilidade inerentes ao mundo natural e o nível de eficiência incorporado dentro de toda a operação da sociedade.

Por exemplo, hoje existem mais de um bilhão de automóveis no mundo. [701] A partir de uma visão estreita, a ideia de uma "abundância" de automóveis talvez implique, com base na atual estrutura orientada para a propriedade, que cada ser humano no planeta deve, então, possuir um automóvel particular. Sem rodeios, essa é a perspectiva errada e uma conseqüência de um condicionamento não sinérgico, que é comum no reforço do sistema de mercado da propriedade como valor. Do ponto de vista da eficiência e da sustentabilidade é extremamente dispendioso utilizar "um automóvel por pessoa", devido ao fato de que uma pessoa realmente dirige, em média, apenas cerca de 5% do tempo. O restante do tempo, o automóvel fica em estacionamentos, calçadas e afins.

Na cidade de Los Angeles, Califórnia cerca de 1.977.803 automóveis foram relatados como em uso, em 2009. [702] Em abstração, com base nesta média de tempo de uso de 5%, seriam realmente necessários apenas 98.890 automóveis para atender às necessidades de tempo de transporte, da demanda de uso atual, assumindo um sistema de compartilhamento. Em outras palavras, em princípio, seriam necessário apenas 98.890 automóveis para atender as necessidades de transporte de 1.977.803 pessoas.

Além disso, para fins de argumentação, com todos os outros modos de transporte público ignorados, e com toda a população de Los Angeles (3,9 milhões de pessoas) [703] necessitando se mover 5% do mês, seriam necessários apenas 195 mil automóveis, em abstração, para atender o tempo médio de uso de 3,9 milhões de pessoas.

Da mesma forma, nos Estados Unidos, em 2008, foi registrado que 236.400.000 veículos de consumidores estavam sendo usados. Com uma população de US 313 milhões, com a utilização estatística de 5%, mais uma vez, seriam necessários 15,6 milhões de automóveis para atender a demanda de uso. Essa é uma diminuição de 83% na produção de automóveis para atender às necessidades de todos os americanos (um aumento de 32,4% no uso, ou acesso, baseado na população total), em teoria.

É claro que, por favor, note que é bem reconhecido aqui que tal extrapolação é apenas para especulação uma vez que, obviamente, muitos outros fatores complicadores estão em jogo na vida real os quais ajustarão muito essa equação. O ponto aqui é dar ao leitor um senso de sinergia. O que deve ser ressaltado é o aumento observado na eficiência, onde substancialmente menos automóveis são necessários para satisfazer as necessidades de transporte de um número substancialmente maior de pessoas, devido a um sistema baseado em reorientação sinergética (neste caso, um sistema de carro "compartilhado").

Novamente, isto não é para descartar a necessidade de melhorar o transporte urbano ou público, nem abordar a importância do design de um automóvel. [704] Na raiz desse problema está realmente o tema "transporte" em si, as razões pelas quais as pessoas precisam dessa mobilidade, e como o ambiente é projetado para atender (ou ignorar) tais necessidades. Este é um assunto enorme e dinâmico a considerar. 

Além disso, deixe-se afirmado antecipadamente que não importa quais eficiências reais ou assumidas possam existir na vida real, o objetivo de buscar a pós-escassez, tanto como um meio de aliviar o sofrimento humano, quanto como um método para se adaptar às práticas verdadeiramente eficientes e, portanto, sustentáveis, é sem debate um ponto crítico de foco para uma sociedade em expansão. Poderia ser bem argumentado que só uma sociedade perversa iria deliberadamente escolher perseverar em um sistema que preserva conscientemente a escassez, por lucro e preservação do estabelecido, quando é intelectualmente claro que tal condição já não é necessária e, portanto, quaisquer sofrimentos humanos relacionados, daí resultantes, também não são mais necessários.

Como foi discutido antes, a economia de mercado não é apenas uma resposta a uma visão de mundo baseada em escassez, é também sua mantenedora. O mercado estruturalmente requer um alto grau de escassez, já que uma sociedade focada em abundância acabaria por significar menos trabalho-por-renda, menor volume de negócios e menores lucros em geral. Se a sociedade acordasse amanhã em um mundo onde 50% do mercado de trabalho humano foi automatizado e onde todos os alimentos, energia e produtos básicos poderiam ser disponibilizados sem uma etiqueta de preço devido ao aumento da eficiência, é desnecessário dizer que o mercado de trabalho e a economia monetária que conhecemos entrariam em colapso.

Do capítulo (13) Tendências Pós-Escassez, Capacidades e Eficiências

Do livro online: O MOVIMENTO ZEITGEIST: UMA NOVA FORMA DE PENSAR

Capítulo em revisão para publicação em:
http://umanovaformadepensar.com.br/


Para saber mais:





Como funciona o carro que se dirige sozinho criado pelo Google


Veículo contém US$ 100 mil em equipamentos e promete ser o meio de transporte do futuro
Imagine você entrar no seu carro em São Paulo de manhã no sábado, tirar uma soneca no banco do condutor e acordar cinco horas depois no Rio de Janeiro, de frente para o mar em Copacabana. Outro detalhe, nem um outro ser humano dirigiu seu automóvel durante a viagem de 450 km. Seu motorista, no caso, foi o Google.

Sim, a tecnologia do automóvel autônomo, que dispensa as mãos, pés e olhos de um condutor humano já está pronta e funcionando. O Google, hoje um gigante da tecnologia de computadores e internet, quem diria, está trabalhando com produtos sobre rodas e já está avançado nesse campo.

A empresa já realizou testes com um protótipo pelos Estados Unidos, com o qual rodou mais de 225 mil km sem auxílio algum de um motorista. O carro entrou nas ruas apertadas de São Francisco, pegou estradas movimentadas de uma ponta a outra do país e trechos sinuosos em montanhas durante viagens de dia e a noite. Ele fez de tudo um pouco e provou ser viável, ao menos do ponto de vista funcional. Com o resultado, o carro ganhou até licença para rodar em alguns estados dos EUA.





Carro sem motorista ganhará as ruas até 2035


Comentário do link acima: vale mostrar que essa tecnologia tb está sendo produzida aqui no Brasil. Um exemplo de projeto é o do ICMC da USP de São Carlos. 

Carro sem motorista do Google recebe licença para andar nas ruas de Nevada, EUA



Projeto SARTRE (União Europeia) desenvolveu veículos completamente automatizados com o auxílio de câmeras wireless, radares e sensores a laser

O Google apresentou na última sexta-feira dois estudos segundo os quais seus carros autônomos, em testes desde 2010 nos Estados Unidos, dirigem melhor que os motoristas humanos treinados pela companhia.