domingo, 24 de junho de 2012

Proposta para ligação, via [Corredor Metropolitano ABD] e [Ferrovia / Metrô], entre ABCD / São Paulo / Alphaville => Melhoria da Linha 8 Diamante e Novo Ramal desta linha com Estações: Shopping Tamboré e Centro Comercial Rio Negro

Moradores mais antigos lembram com certo saudosismo de quando algumas praças da região ostentavam uma placa em que se lia: "Não faça surgir em Alphaville as razões que fizeram você sair de São Paulo." O pedido não deu resultado. Com a saturação de sua estrutura, Alphaville vai se transformando em um exemplo de como o desenvolvimento sem planejamento acaba com a qualidade de vida dos moradores.


    Nos diagramas abaixo (Linhas CPTM-Metrô) vemos como a criação do Ramal, proposto para a Linha 8 – Diamante, bem como a melhoria da QUALIDADE desta linha (já em andamento – ver notícia abaixo), permitiria a muitas pessoas da Região Metropolitana de São Paulo substituir seus carros por Transporte Público nos deslocamentos [de/ para] Alphaville – Tamboré,  [em direção a / vindo de] ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, etc.) e São Paulo.

    Diagramas baseados em:  

        Como demonstrado no segundo diagrama, este novo ramal teria duas Estações, em Alphaville-Barueri:

·         Shopping Tamboré

·         Centro Comercial Rio Negro

     Deste pontos, linhas locais de ônibus, vans, fariam a distribuição para toda a cidade.

     Assim seria dada grande contribuição para a solução do caos do trânsito de Alphaville e Região (Castelo Branco e Rodoanel Oeste).  

     E, estas duas novas estações, Shopping Tamboré e Centro Comercial Rio Negro (em Alphaville / Tamboré), poderiam ser o inicio de uma futura linha da CPTM, paralela ao Rodoanel Mário Covas, com estações em todos os entroncamentos das estradas que chegam ao Rodoanel. Com grandes pátios de estacionamento (para carros) e coletora de fretados vindos do interior para a Capital. Sendo perimetral (contornando toda a Região Metropolitana) e não radial (todos vão ao centro para conexões com bairros / outras cidades), como as linhas atuais da CPTM e Metrô, desviaria o tráfego de passageiros, que não precisam acessar as regiões internas ao Rodoanel Mário Covas, descongestionando as linhas atuais.  Ver o diagrama para o traçado e vias de intersecção do Rodoanel Mário Covas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodoanel_Mário_Covas )


     Vamos sonhar juntos e conversar sobre tal proposta?

“Um sonho sonhado por um é apenas um Sonho.
  Um sonho sonhado por muitos é um Projeto de Futuro.”

Esta proposta estará em:  http://mobilidadeurbana-prosperoclaudio.blogspot.com/  (Blog: Mobilidade Urbana)   e  no Facebook abaixo:

Trânsito em Alphaville”, esse é o nome do grupo criado por moradores de Alphaville e Tamboré na rede social Facebook para discutir o trânsito da região.
folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=15013

      Recomendo ainda:

São Paulo TREM Jeito

A solução para o trânsito nas grandes cidades e nas estradas paulistas, pelo transporte de pessoas sobre trilhos.   http://saopaulotremjeito.blogspot.com.br/

Neste site, ver:

Coppe e UFRJ assinam convênio para construir trem de levitação magnética


O Brasil irá construir o primeiro trem de levitação magnética do país, conhecido como Maglev-Cobra. Esse trem dispensa rodas e 
não emite gases de efeito estufa nem ruído. Além disso, as obras de infra estrutura para o seu funcionamento chegam a ser 70% mais baratas do que as obras para o metrô subterrâneo, conforme afirmam os responsáveis pelo projeto, na COPPE/UFRJ – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Na tarde desta sexta-feira (15), a proposta de construção será apresentada na Rio+20, no estande da universidade no Parque dos 
Atletas. A assinatura de um convênio entre a COPPE e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 5,8 milhões, também acontece nesta sexta. O convênio irá permitir a construção desse primeiro trem no Brasil, que terá quatro módulos, com capacidade para transportar até 30 passageiros. Haverá uma linha regular de 200 metros, entre os prédios do Centro de Tecnologia da COPPE. 

Alphaville: da vida calma ao pesadelo de trânsito e filas
Boom de escritórios, que cresceram 750% em 8 anos, lota lojas, ruas e estaurantes de residenciais que antes atraíam pelo sossego

O final da tarde da última segunda-feira, 11, foi de caos para quem tentou chegar ou sair de Alphaville e Tamboré. Os congestionamentos eram reflexo de uma ...
folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=15010 - Em cache

Trânsito em Alphaville”, esse é o nome do grupo criado por moradores de Alphaville e Tamboré na rede social Facebook para discutir o trânsito da região.
folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=15013 - Em cache

Um acidente que ocorreu no km 23 na Rodovia Castello Branco, em Barueri, no começo da noite de terça-feira, 19, travou novamente o trânsito em Alphaville.
folhadealphaville.uol.com.br/artigo/?id=15023 - Em cache

Rodoanel tem lentidão após colisão entre carretas · Com duas pistas interditadas, trânsito se reflete na rodovia Castello Branco ...
folhadealphaville.uol.com.br/ - Em cache - Similares






Uma das razões dos congestionamentos -  trafficjamcartoon.jpg

"Se esses idiotas tivessem tomado o ônibus, eu já poderia estar em casa agora"

Qual a cidade de seus sonhos?

O que poderia ser corrigido se os Recursos Financeiros, sempre obtidos pelo Lobby das Montadoras, fossem investido no Transporte Público => SUSTENTABILIDADE = Maior Mobilidade, Melhor Qualidade de Vida e Redução de Emissões (desconsideradas as queimadas de florestas, os veículos automotores são os maiores responsáveis por EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA, Mudança Climática,  no Brasil) 




Qui, 21 de Junho de 2012 14:00
Financiamento é destinado à modernização das Estações da Linha 8 da CPTM e ao prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô
O governador Geraldo Alckmin assina nesta quarta-feira, 20, no Rio de Janeiro, o contrato de financiamento de R$ 1,472 bilhão com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para o prolongamento da Linha 2-Verde e modernização das estações da Linha 8-Diamante da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]. Os recursos serão investidos em obras que facilitarão o dia a dia da população da capital e da Região Metropolitana.
Do total do financiamento, serão destinados R$ 922 milhões ao prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô, que será no sistema de monotrilho no trecho entre Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes. Com 24,5 km de vias elevadas, o monotrilho terá 17 estações e 54 trens serão comprados para toda a linha, atendendo 550 mil passageiros/dia. A extensão total do empreendimento está orçada em R$ 4,9 bilhões [incluindo as obras civis, equipamento elétrico e trens].
O primeiro trecho do prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, Vila Prudente-Oratório, com extensão de 2,9 km, encontra-se em implantação e é composto por duas estações: 
Vila Prudente e Oratório, com inauguração prevista para 2013.
Posteriormente, a linha seguirá de Oratório a São Mateus, com extensão de 10,1 km e oito estações: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. Este segundo trecho, até São Mateus, deverá iniciar funcionamento em 2014. O trecho final, São Mateus - Hospital Cidade Tiradentes, terá sete estações e 11,4 km de extensão.
A implantação do monotrilho, privilegiando o canteiro central de avenidas, a uma altura entre 12 e 15 metros, minimiza a necessidade de desapropriações. A extensão da Linha 2-Verde avançará ao longo das avenidas Luiz Inácio de Anhaia Mello, Sapopemba, Metalúrgicos e Estrada do Iguatemi.
Com velocidade semelhante ao metrô convencional [máxima de 80 km/h e média operacional de 36 km/h], o monotrilho também é movido à energia elétrica, não poluente, e com reduzido ruído operacional também por rodar sobre pneus.
Quando o monotrilho estiver em operação, os moradores da Zona Leste, em São Paulo, vão poder efetuar o percurso entre os bairros Cidade Tiradentes e a Vila Prudente em apenas 50 minutos, trajeto que atualmente leva mais de duas horas para ser percorrido. Assim, a população que trafega nesse percurso economizará diariamente quase três horas para o transporte.
Modernização estações CPTM
O Governo do Estado usará R$ 550 milhões do empréstimo firmado com o BNDES na modernização das estações da Linha 8-Diamante, da CPTM, que faz a ligação entre a estação Júlio Prestes a Itapeví, passando ainda por Osasco, Carapicuíba, Barueri e Jandira em 41 km de extensão. Hoje, a linha atende 440 mil passageiros por dia útil. Além dos recursos provenientes do BNDES, o governo estadual investirá mais R$ 94,3 milhões nas estações da Linha 8-Diamante.
Seis estações serão modernizadas [General Miguel Costa, Jardim Belval, Jardim Silveira, Quitaúna, Sagrado Coração e Santa Terezinha] e outras cinco reconstruídas [Lapa, Comandante Sampaio, Domingos de Moraes, Imperatriz Leopoldina e Antônio João]. Parte do financiamento será usada ainda para complementar os acessos e passarelas das estações Itapevi e Carapicuíba, cujas modernizações foram entregues à população em outubro de 2010 e março de 2011, respectivamente.
A modernização da CPTM é uma das prioridades dessa gestão. Por conta disso, as seis linhas do sistema estão passando por obras de infra estrutura, com a implantação de novos sistemas de sinalização, telecomunicações, energia, rede aérea e via permanente, além da modernização das estações mais antigas e da frota de trens. A conclusão dessas obras permitirá que os novos trens que estão sendo entregues para a frota da CPTM tenham um melhor desempenho. Resultado: redução de intervalo e aumento da oferta de lugares.
As obras contemplam a readequação funcional das estações para o novo volume de usuários, implantação de plataformas cobertas e passarelas de pedestres para a transposição da faixa ferroviária com segurança. Além disso, terão sanitários públicos comum e para pessoas com deficiência, escadas rolantes e todos os itens de acessibilidade, como elevador, piso tátil, comunicação em Braille, corrimãos e rampas readequados.

SP-021
Rodoanel Mário Covas
(nome oficial, lei estadual nº 10.786)

Nomes antigos
Via Perimetral Metropolitana(até 1990)
Rodoanel Metropolitano de São Paulo(até 2001)
Extensão
95,7 km (59 mi)
Projetado: 177 km (108 mi)
Inauguração
11 de outubro de 2002 (9 anos)(trecho oeste)
1 de abril de 2010 (2 anos)(trecho sul)
2014 (trecho leste - previsão)
Anel em torno da cidade de São Paulo
Limite pista interna(*)
Interseções
SP-348.pngBandeirantes
SP-330.pngAnhanguera
SP-280.pngCastelo Branco
SP-270.pngRaposo Tavares
BR 116.pngRégis Bittencourt
SP-160.pngImigrantes
SP-150.pngAnchieta
SP-.pngJacu Pêssego (via SP-86/21)
Placa SP-066.svgHenrique Eroles (2014)
SP-070.pngAyrton Senna (2014)
BR 116.pngDutra (2014)
SP-.pngHélio Smidt
BR 381.pngFernão Dias
Limite pista externa(*)
Concessão
RodoAnel (CCR(trecho oeste, desde 2008)
SPMar (Bertin(trechos sul e leste, desde 2011)
(*) Nomenclatura utilizada pelo DER-SP
< 
SP-021.png
SP-021
>


--
Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/portal/ (Comunidade Gestão Conhecimento)


Transporte Coletivo: [ Maior número possível de pessoas, por rota, com máximo lucro para as companhias de transporte (e gordos caixas 2 para campanhas políticas) ] OU [ Máximo conforto e mínimo tempo para os passageiros ] ?


Lógica atual: maior número possível de pessoas, por rota, com máximo lucro para as companhias de transporte (e gordos caixas 2 para campanhas políticas)

Lógica de um transporte público cidadão: máximo conforto e mínimo tempo para os passageiros


Para especialista, aumento segue lógica do negócio
ter, 2011-01-18 15:18 — admin

* Nacional
De acordo com Lúcio Gregori, enquanto o transporte for entendido como um negócio, os aumentos de tarifas vão continuar a ocorrer

18/01/2011

Michelle Amaral

da Redação


Até a primeira quinzena de janeiro foram registrados reajustes nas tarifas dos ônibus municipais em pelo menos quinze grandes cidades brasileiras e há a previsão de que as passagens de seis cidades ainda sejam reajustadas. Em três cidades o aumento ocorreu já no final de 2010.

Das dez maiores regiões metropolitanas pelo menos 6 anunciaram aumento. Mais de 56 milhões de pessoas que vivem nas regiões com grande densidade populacional estão sendo afetadas pelos reajustes das passagens.

O engenheiro Lúcio Gregori, que foi secretário de transportes da cidade de São Paulo entre 1990 e 1992, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina (então no PT), explica que os aumentos das passagens são resultado do modelo de transporte adotado em nosso país. “O transporte é um negócio como qualquer outro e como tal tem que ter as correções dos preços cobrados para corrigir os custos crescentes”, completa.

Na opinião do engenheiro, a única forma de reverter esse quadro é haver uma mudança do pensamento coletivo em que o transporte urbano deixe de ser entendido como um negócio e passe a ser tratado como um direito da população.

“O transporte público tem que ser tratado como um direito, assim como saúde e a educação. Para chegar a um hospital e ser atendido, você precisa do transporte. Para ir à escola, você precisa do transporte”, defende Gregori.

Segundo o ex-secretário de transportes, discutir se o reajuste das tarifas foi justo ou injusto não resolve o problema, porque revela a aceitação do modelo de transporte como um negócio.

Gregori defende que o transporte seja custeado pelo poder público como os demais direitos básicos. Segundo ele, a solução passa pelo seguinte pensamento: a tarifa, num primeiro momento, deve ser subsidiada no máximo percentual possível e, a longo prazo, no seu valor total.

Hoje o subsídio existe em muitas cidades e, mesmo assim, as tarifas continuam a ser cobradas e reajustadas regularmente.

Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) além de anunciar um reajuste de 11,11% nas tarifas dos ônibus municipais, que passou a vigorar no dia 5 de janeiro, disse também que o subsídio para o setor deve ficar em torno de R$ 600 milhões. No entanto, no orçamento municipal de 2011, os vereadores governistas autorizaram o Executivo a usar até R$ 743 milhões para bancar as despesas referentes às compensações tarifárias.

Mobilização

Gregori defende que a discussão que deve ser feita pela sociedade não é sobre se é justo ou não o aumento da tarifa. Segundo ele, deve-se discutir a questão da mobilidade urbana no país como um todo e o entendimento que se deve ter em relação ao transporte coletivo. “Enquanto o transporte coletivo for entendido como negócio e não como um direito, essa discussão, se a tarifa é justa ou não, não acabará nunca”, lamenta.

Além disso, o engenheiro aponta como forma de mobilização os protestos de rua, mas explica que a opção em se aplicar os reajustes nessa época do ano, em que grande parte da população está em período de férias, tem um caráter político, justamente porque espera-se pela desmobilização de setores importantes para a luta contra o aumento das passagens, como os estudantes. “A sociedade está mais desmobilizada, é o momento oportuno”, conta.

Desde que foram anunciados os aumentos nas tarifas dos ônibus protestos têm sido realizados em algumas cidades e espera-se que eles ganhem mais força com a volta às aulas, no próximo mês.

Em São Paulo (SP), na última quinta-feira (13), a polícia militar reprimiu duramente uma manifestação realizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), resultando em 30 militantes detidos e 10 feridos. O mesmo ocorreu em João Pessoa (PB), onde dois estudantes acabaram feridos no confronto com a PM. Protestos também têm sido realizados em Salvador (BA), pelo movimento chamado Revolta do Buzu 2011.

Na próxima quinta-feira (20), o MPL de São Paulo realizará mais uma manifestação. O ato contra o aumento das passagens será realizado na Praça do Ciclista, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Consolação, a partir das 17 hs.


Cidades com tarifas já reajustadas:

Soma da população afetada: 47. 755 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

Cidades com previsão de reajuste

Soma da população afetada: 8.912 milhões de pessoas, seguindo os dados do IBGE.

Vídeo: Polícia de SP reprime manifestação com balas de borracha
(Aumento das tarifas)
Estudantes que manifestavam pelo passe livre e contra o aumento dos coletivos no centro de SP foram reprimidos com violência pela PM no fim da tarde desta quinta-feira, 13 de janeiro de 2011. Os policiais disparam balas de borracha a curta distância contra os jovens.

O poder político das empresas de ônibus!


Por Andre Araujo
Os transportes coletivos urbanos no Brasil poderiam ser um ramo moderno, eficiente e lucrativo, administrado racionalmente por empresas de capital aberto, como as estradas paulistas. O setor é dos mais atrativos porque tem uma receita previsível, à vista. Porque isso não acontece? Porque há uma parceria corrupta entre empresas mafiosas e o poder publico municipal de todo o Pais, onde as concessionárias são as maiores financiadoras da política municipal. Para operar dessa forma, os concessionários são empresas com contabilidade suspeita, alaranjadas, costumam não pagar impostos e previdência, são campeões de infrações trabalhistas, os donos são empresários - bacalhau, indivíduos espertíssimos, semi-analfabetos, ousados, o que faz do setor, nacionalmente, um ramo fronteiriço, faz mais parte da economia informal do que da formal.

O setor é dominado por cinco grandes grupos e uma dezena de grupos intermediários. Um mesmo grupo tem concessões de Belém ao ABC, as práticas são iguais, a chave do negócio é a associação com a banda podre da política municipal, que se beneficia do esquema e é por isso que não interessa mudar nada, o caos é lucrativo.

Grandes empresas bem estruturadas, sérias e modernas nem sonham em entrar nesse ramo que teria tudo para ser interessante para grupos que investem em concessões.; Porque? Porque é preciso operar no esquema da política municipal e os grupos empresariais mais eficientes do Pais não querem entrar nesse lamaçal.

Enquanto isso, o cidadão passageiro é pèssimamente servido, não há realmente competição, o setor inteiro é um grande cartel, as linhas são acertadas em mesas de restaurantes entre bacalhoadas e vinhos verdes, não há nenhum interesse em melhorar. A mão de obra não é incentivada a evoluir, é explorada ao máximo, as pessoas jurídicas no negocio são meras fachadas, os grupos ficaram tão poderosos que também tem as revendas que abastecem as frotas, a chave de tudo é a barganha com o poder municipal. É uma “cosa nostra”  nacional e o Brasil das cidades grandes e médias paga um pesado preço por esse arreglo político - empresarial, que vem de longe.

Em tempo, o transporte coletivo nas grandes cidades do mundo, em geral, é estatal, como em Nova York , Paris e Londres.

Como resolver, se o Governo quiser? Montar um sistema nacional de regulação desse setor, com há no transporte interurbano de passageiros. Poderia ser no Ministério das Cidades. Montar um sistema nacional de autorização e licitação para as empresas concessionárias, exigindo capital mínimo, direção profissional, identificação do controle, padrões de ônibus e carrocerias. A habilitação nacional de empresas vedará o esquema de “alaranjamento”, que vai deixando pelo caminho mega dividas com a Previdência, com os empregados e com o fisco.

Limitar a presença de grupos a um numero máximo de cidades.

Exigir a presença dos controladores nas diretorias e folha corrida desses diretores, vetando a presença de laranjas.

Não precisa diagnostico, todo mundo sabe o raio X do setor, basta a vontade política de reformá-lo.

Um bom sistema de transportes coletivos é fundamental para a melhoria do transito e da qualidade de vida nas grandes e médias cidades brasileiras, aonde vive 80% da população do Pais.

Greve de ônibus, uma velha jogada.
José de Souza Castro

Os passageiros de ônibus de Belo Horizonte se surpreenderam na manhã desta segunda-feira, 22 de fevereiro, com a greve dos motoristas e trocadores dos ônibus urbanos. Mas, para os chamados operadores do transporte coletivo, nenhuma surpresa. Eles se preparavam para isso desde 17 de dezembro, quando o jornal Estado de Minas afirmou, em manchete, que “passagem de ônibus pode ficar sem reajuste em 2010”. Esse tipo de greve não é coisa nova, como veremos a seguir, e a velha estratégia é tão bem-sucedida que a capital mineira tem uma das tarifas mais altas do país.

Levantamento feito em setembro passado pelo jornal O Globo mostrou que, entre as 27 capitais, só Florianópolis e Campo Grande cobravam tarifas mais altas que Belo Horizonte. A mais baixa, de R$ 1,60, não é reajustada desde julho de 2004. É a de São Luiz. Os donos das 21 empresas concessionárias do transporte coletivo na capital do Maranhão precisam vir a Minas para aprender como se faz.

Mas talvez eles saibam, pois o lobby do setor nessa área é forte e bem conhecido. Tanto que, segundo o IBGE, na década de 1970, no período mais duro da ditadura militar, as famílias com rendimento familiar de 1 a 3 salários mínimos tinham 5,8% do seu orçamento comprometido com o transporte. No início da década de 80, esse gasto passou para 12,4% e na década de 1990 ultrapassou os 15%. Em 20 anos, o gasto foi praticamente triplicado. Só Deus sabe quanto aumentou a contribuição dos donos de ônibus para as campanhas eleitorais, nesse período.

Os reajustes das tarifas deveriam ser decididos de acordo com a evolução dos custos. Há dois fatores que contribuem mais pesadamente para a composição dos custos dos transportes urbanos, segundo estudo do Ministério das Cidades, datado de 2004. São os gastos com pessoal, que chegaram a 51% dessa composição em 1997 e caíram para 40% em 2003, e os gastos com combustíveis que evoluíram de 10% para 23% no mesmo período.

Desses dois, o mais fácil de ser manipulado é o primeiro – e aí entra a questão das greves que se repetem a cada ano, antes do reajuste das tarifas, para justificar os aumentos delas acima da inflação medida por quaisquer dos principais índices inflacionários do país.

É difícil de ser provado, mas certamente existe um pacto secreto entre as empresas que pagam os salários, as autoridades que se beneficiam das contribuições eleitorais e decidem o valor do reajuste, e o sindicato dos trabalhadores em transporte público. Sem essas greves, ficaria difícil, para os dois primeiros, justificar os reajustes abusivos que reivindicam e concedem.

Não é difícil acender o pavio da greve. Como agora, é só o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SETRA) oferecer um reajuste salarial de 4,36% e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) informar aos associados que reivindicou 37% de aumento, acendendo-lhes as esperanças – e o pavio. Ao pedir um reajuste tão alto, o sindicato prepara o terreno para a greve do próximo ano, alimentada pela eterna frustração dos trabalhadores. E para fingir que não tem nada com isso, o SETRA se apressa a informar à imprensa, nas primeiras horas da greve, que 62 ônibus foram depredados desde a meia-noite desta segunda-feira em toda a cidade. (Nada que não possa ser reparado por um bom reajuste nas tarifas e por um seguro bem feito.)

E quanto mais a greve tumultuar a vida da população, melhor. Assim, todos ficam sabendo quais são os culpados por seus infortúnios, na tentativa de conseguir um transporte na cidade. E os culpados nunca são as autoridades. Sem essas greves rotineiras, como justificar que entre julho de 1994 e abril de 2003 a tarifa média em Belo Horizonte tenha subido 314,3%, contra 196,3% em São Paulo e 196,3% em Brasília? Entre as 27 capitais, somente nove tiveram um aumento maior: Boa Vista, Salvador, Rio de Janeiro, Vitória, Campo Grande, Cuiabá, Teresina, Porto Velho e Rio Branco.

De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas, divulgado em setembro de 2007, as tarifas de ônibus urbano lideraram o aumento de preço do transporte público no país entre janeiro de 2001 e agosto de 2007, com alta de 110,61%. A pesquisa da FGV considera os preços das tarifas de sete cidades do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Recife) onde o IPC é apurado.

No fim de 2008, a tarifa na capital mineira foi reajustada em 9,52% em média; em 2007, em 4,7%;e em 2006 em 12,17%. Desse modo, a tarifa média (que estava em R$ 0,35 em julho de 1994) custa, desde o fim de 2008, R$ R$ 2,30, um aumento de 557%, contra alta de 236% do IPCA calculado pelo IBGE. Esse índice mede o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos moradoras nas principais regiões metropolitanas, e é considerado o índice oficial de inflação.

São coisas que a imprensa, em geral, acha pouco interessante para divulgar e analisar. Talvez os editores pensem assim porque é coisa velha que afeta principalmente as pessoas mais pobres. Eles querem novidades ou, então, assuntos gratos àqueles leitores, ouvintes e telespectadores mais privilegiados pelo sistema político e econômico vigente.

Dito isso, é preciso esclarecer um ponto: todos os dados citados acima são reais e podem ser verificados no Google, com exceção da parte que fala de um possível pacto secreto. Essa é uma hipótese fictícia, numa tentativa do autor de encontrar uma explicação para o que se passa com o transporte urbano na cidade. Ele mesmo não acredita que os sindicatos e a autoridades pudessem se organizar em torno de um pacto desses, com todas suas implicações e despistes. Ou seja, é mais uma "teoria conspiratória", mas ela tem um propósito: criar polêmica, para que se discuta realmente a questão do transporte de massa em Belo Horizonte.

Há muitos anos se fala na ampliação do metrô, que é um dos mais atrasados, em implantação e alcance, entre as grandes capitais brasileiras. O site Metrobh afirma, omitindo a data - mas sei que foi há muitos anos - que a CBTU contratou o Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos para a Região Metropolitana. "Foi escolhido um cenário que prevê a inserção do Metrô no hiper centro de Belo Horizonte, através de uma linha na diretriz Pampulha / Savassi, cruzando a área central sob a Av. Afonso Pena e a expansão da Linha 2 Calafate - Barreiro em direção à região hospitalar, permitindo a integração com a Linha 1 Eldorado / Vilarinho", informa o site. Em 15 de maio de 2008, o governador Aécio Neves anunciou que até o fim daquele ano seria lançada licitação para levar o Metrô a regiões nobres de Belo Horizonte e à Cidade Administrativa, sendo que 38% dos investimentos previstos em R$ 4 bilhões seriam feitos pela iniciativa privada. O assunto voltou à imprensa em junho do ano passado, como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014, agora com um Metrô menor, mas com uma proposta de Transporte Rápido por Ônibus (eles correriam sobre canaletas, como se fossem "um metrô sobre rodas").

São projetos que só sairão do papel se o forte lobby dos donos de ônibus for vencido.

http://www.novae.inf.br/site/modules...teudo&pid=1442


Mais informações relacionadas:   Blog: Mobilidade Urbana  http://mobilidadeurbana-prosperoclaudio.blogspot.com/ 


--

Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
http://mitologiasdegaia.blogspot.com/ (Blog: Mitologias de Gaia)
http://criatividadeinovao.blogspot.com/ (Blog: Criatividade e Inovação)
http://redessociaisgovernanaliderana.blogspot.com/ (Blog:Governança e Liderança em Redes Sociais)
http://reflexeseconmicas.blogspot.com/ (Blog: Reflexões Econômicas)
http://poltica20-yeswikican.blogspot.com/ (Blog: Política 2.0 - Yes, WIKI CAN)
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/portal/ (Comunidade Gestão Conhecimento)