segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

( I ) Mobilidade Urbana: conseqüências e balanços das tentativas de solução. RJ e SP - coletânea 2

De: Claudio Estevam Prospero
Enviada em: quarta-feira, 29 de setembro de 2010 18:54
Assunto: ( I ) Mobilidade Urbana: conseqüências e balanços das tentativas de solução. RJ e SP - coletânea 2

( I ) Mobilidade Urbana: conseqüências e balanços das tentativas de solução. RJ e SP  -  coletânea 2


Sáb, 05/06/10 - 16h00
Setor metro-ferroviário é tema de debate em São Paulo
Pela primeira vez no Brasil, técnicos latino-americanos reúnem-se para discutir o crescimento e a expansão do transporte sobre trilhos nas grandes cidades
A cidade de São Paulo vai sediar a 15ª Reunião Intermediária dos Comitês Técnicos da Alamys (Associação Latino-Americana de Metrôs e Subterrâneos) entre os dias 6 e 9 de junho. O encontro reunirá técnicos para o intercâmbio de experiências, informações e tecnologia entre seus associados. Entre os assuntos abordados estarão as questões ligadas à gestão, manutenção, planejamento e indicadores econômicos do transporte sobre trilhos.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, abrirá os trabalhos dos comitês técnicos nesta segunda-feira, 7, abordando a importância das discussões e do desenvolvimento do transporte sobre trilhos nas cidades integrantes. Entre os presentes, estarão o presidente da Alamys e do Metrô de São Paulo, José Jorge Fagali, o secretário-geral da Alamys, Aurelio Rojo Garrido, o secretário-adjunto dos Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopes, o presidente da CPTM, Sérgio Avelleda, e o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense Pires.
Durante a sessão inaugural, o secretário Portella apresentará o plano Expansão São Paulo, o maior programa de investimentos já feitos nos transportes metropolitanos, que alcança R$ 23 bilhões em contratos assinados até 2011 englobando Metrô, CPTM e EMTU. O objetivo é quadruplicar a rede com qualidade de metrô, passando de 60 para 240 quilômetros, sendo 162 quilômetros na CPTM e 78 no Metrô. Além da expansão das linhas e da construção de estações, os recursos estão sendo utilizados para a compra de 152 trens novos, reforma de composições antigas e na implantação de novo sistema de sinalização, o que permitirá a redução de intervalos tanto na CPTM quanto no Metrô.

Linha 4 do Metrô de São Paulo

pt.wikipedia.org/wiki/Linha_4_do_Metrô_de_São_Paulo
A Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo, quando finalizada, compreenderá o trecho definido pelas estações Luz e Vila Sônia. O primeiro trecho, entre as estações Faria Lima e Paulista, foi inaugurado em 25 de maio.[1] Ainda em 2010 mais duas outras estações, Butantã e Pinheiros, deverão ser entregues, com as estações de integração República e Luz entregues até abril de 2011.[2] A previsão é que a linha esteja totalmente concluída em 2014, com a entrega das últimas cinco estações.[1] Após concluída, será administrada por trinta anos pela empresa ViaQuatro, pertencente ao grupo CCR. Originalmente era chamada de Linha Sudeste-Sudoeste.

Índice

·         1 História
·         2 Características
·         3 Parceria público-privada
·         4 Acidentes
·         5 Galeria
·         6 Referências
·         7 Ver também
·         8 Ligações externas

(...)

Características

.
A linha é considerada estratégica pois, em conjunto com as demais linhas do Metrô e da CPTM, configurará o sistema como uma verdadeira rede. As estações terão portas de plataforma, que separarão os usuários da via, evitando acidentes. Sistema semelhante opera na linha 14 do Metrô de Paris e também está previsto para outras estações do Metrô de São Paulo. Os trens serão de seis carros, via alimentação catenária (aérea), e não terão separação entre os vagões.[6]
A linha é integrada às três principais linhas (1, 2 e 3), além de outras duas em projeto, e integrar-se-á a terminais de ônibus nas estações Faria Lima, Butantã, São Paulo-Morumbi e possivelmente em Vila Sônia, numa segunda fase. O terminal da Estação Butantã abrigará as linhas vindas da USP (Cidade Universitária), Jardim Bonfiglioli e outros bairros que se localizam ao redor da rodovia Raposo Tavares, além de linhas metropolitanas controladas pela EMTU. A previsão é de que, depois de completa, a linha receba cerca de 970 mil passageiros por dia.[6]
Existem ainda estudos para a implantação de um terminal rodoviário de média capacidade integrado à estação Vila Sônia, que abrigaria linhas com destino ao Vale do Ribeira(sul do estado) e à Região Sul do país (exceto Oeste do Paraná). Esse terminal representaria uma economia de cerca de uma hora de viagem (ou mais), relativa ao deslocamento dos ônibus pelo trecho urbano da Capital do Terminal Rodoviário Tietê e Terminal Rodoviário Barra Funda (interestadual) até o início da Rodovia Régis Bittencourt, evitando-se o tráfego pelas marginais Tietê e Pinheiros, que possuem trânsito carregado na maior parte do dia.
A demanda prevista para quando a linha for entregue em sua totalidade é de 900 mil passageiros por dia.[8]
(...)


Estações

Sigla*
Estação
Integração
Plataformas
Posição
Arredores
Situação atual
Distrito
LUZ
Linha 1 - Azul, Linhas 7, 10 , 11 - Expresso Leste da CPTM
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até abril de 2011[1]
REP
Laterais
Subterrânea
Em fase de finalização. Inauguração até abril de 2011[1]
HIG
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até 2014[1]
PTA
Laterais
Subterrânea
Avenida Paulista, Igreja e Colégio São Luís, Cine Belas Artes
Em operação.[1]
FRE
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até 2014[1]
FRA
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até 2014[1]
FAL
Terminal de Ônibus
Laterais
Subterrânea
Em operação.[1]
PIN
Laterais
Subterrânea.
Em construção. Inauguração em novembro de 2010.[1]
BUT
Terminal urbano
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração em novembro de 2010.[1]
MBI
Linha 17-Ouro, Terminal urbano
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até 2014[1]
VSO
Extensão de ônibus para Taboão da Serra; Terminal de ônibus da SPTrans e EMTU
Laterais
Subterrânea
Em construção. Inauguração até 2014[1]

(...)

Parceria público-privada
Esta será a primeira linha de metrô no Brasil a ser operada por meio do regime de parceria público-privada. Será concedida à iniciativa privada o direito de explorar a linha durante trinta anos, com possibilidade de prorrogação, quando então será devolvida ao governo do Estado, para operação direta ou nova concessão. Em troca, o concessionário investirá em toda a frota de trens necessárias para operação, além de outros investimentos. Tal parceria gerou indignação de funcionários do metrô contra o que consideraram uma "privatização", a ponto de terem provocado uma greve no dia 15 de agosto de 2006. A greve não conseguiu impedir o processo e o projeto foi mantido. A licitação foi bem sucedida, com a participação de dois consórcios de empresas interessados.
A Parceria Público-Privada funcionará da seguinte maneira:
§  O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou 73% dos recursos, enquanto a iniciativa privada investirá US$ 340 milhões, 27% do total;
§  O consórcio vencedor terá a concessão da linha por 30 anos, sendo obrigado a manter e operar, tendo a receita tarifária em retorno;
§  O Concessionário terá o direito de explorar empreendimentos associados nas estações, tais como lojas, shoppings, estacionamentos, publicidades durante o prazo de concessão;
§  Foi instituído mecanismo de compensação financeira entre o Estado e o Concessionário, caso a demanda seja inferior ou superior ao previsto.
Além desses termos, o edital da PPP ainda define a padronização da linha:
§  A linha deverá atender aos mesmos padrões de excelência do metrô nos quesitos operacionais, de limpeza e segurança.
§  A tarifa cobrada na linha 4 será a mesma das outras linhas do metrô e CPTM.


Acidentes

Wikinotícias
O Wikinotícias tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo:Obra no metrô de São Paulo desaba
Durante a construção da estação Pinheiros da expansão da linha 4, em 12 de janeiro de 2007, grande parte do túnel de acesso da construção da estação desmoronou, abrindo uma cratera de mais de oitenta metros de diâmetro. Sete pessoas morreram no acidente. Várias casas condenadas e diversos carros foram engolidos pela cratera, inclusive um micro-ônibus que passava na região no exato instante do acidente.
Logo na sequência do acidente de Pinheiros, a revista Época, junto à TV Globo, fez uma série de denúncias acerca da segurança das demais estações ainda em construção da linha, com destaque especial para a estação Paulista, no bairro da Consolação, mas em uma região muito mais densa, onde uma cratera como a de Pinheiros teria feito muito mais vítimas.
As obras da linha ficaram então paradas por cerca de dois meses. Por causa dessas denúncias, o cronograma geral da linha atrasou-se em cerca de quatro meses, e as obras da estação Pinheiros só puderam ser reiniciadas após o fim das análises para descobrir a causa do acidente. A entrega do laudo estava prevista para agosto de 2008, dezenove meses após o acidente, o que representou quase dois anos de atraso nas obras da estação.
Alguns meses após o reinício das obras, houve um vazamento de túneis (quando duas frentes de trabalho, cada uma cavando um trecho do túnel se encontram), quando foi constatado um erro de oitenta centímetros entre os túneis[25], entre os VSE Caxingui e Três Poderes. Isso atualmente representa um erro absurdo de engenharia, uma vez que a tolerância para túneis cavados em NATM (método utilizado nesse trecho) é de dois centímetros[carece de fontes], e, utilizando shields, como o Megatatuzão utilizado nessa linha, a tolerância cai para meio milímetro[carece de fontes].
Em abril de 2010 um guindaste de cerca de trinta metros de altura tombou nas obras da futura estação São Paulo-Morumbi ao içar materiais do fundo de um dos poços, caindo sobre a calçada da Avenida Professor Francisco Morato, sem, no entanto, causar feridos ou interromper os trabalhos.[26]

[editar]Investigação

A obra, efetuada pela Camargo Correa, está sob suspeita de irregularidades, de acordo com o Ministério Público Federal de São Paulo, conforme investigações efetuadas na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal.[27]



Obras e projetos da CPTM 

pt.wikipedia.org/wiki/Obras_e_projetos_da_CPTM

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Este artigo ou secção contém informações sobre uma construção futura.
É provável que contenha informações de natureza especulativa, e seu conteúdo pode mudar drasticamente.
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Se sabe algo sobre o assunto abordado, edite o artigo e inclua informações mais recentes.
A CPTM possui diversas obras e projetos para a melhoria de seus serviços prestados. Estes projetos estão todos relacionados a baixo.

Índice

·         2 Projetos de expansão
o    2.1 Linha 13
·         4 Imagens das obras
·         5 Referências
·         6 Ver também
·         7 Ligações externas

[editar]Projetos de recuperação e integração

[editar]Remodelação das linhas 11 e 12

Processo de implantação de subestações e cabines, remodelação da rede aérea, adequação do sistema de sinalização, implantação dos ATS's de via e de bordo nas linhas 11 e 12.
O orçamento das obras é de 77 milhões de reais.
§  Em andamento, conclusão prevista para 2010/2011.

[editar]Projeto "Integração Centro"

O objetivo deste projeto é a de melhorar a conexão entre as três estações centrais do Brás, Luz e Barra Funda.
As linhas 7 e 8 serão estendidas até a estação Brás e as linhas 10 e 11 não serão mais estendidas até a estação Barra Funda como havia sido definido no projeto inicial.
O projeto ainda prevê a desativação da estação Júlio Prestes, atual terminal da linha 8, que deverá dar lugar a um complexo cultural. A 8 passará então a atender as estações Luz e Brás, que possuirá integrações com a linha 4, linha 3 e a linha 1 do Metrô de São Paulo.

[editar]Recapacitação da Linha 12

Melhoria da Linha 12, com obras para uma melhor acessibilidade em suas estações, que na maioria, são remanescentes de seus proprietários anteriores e estão em estado precário. Inclui a construção e adequação de cinco estações prioritárias, Itaim Paulista, Jardim Helena-Vila Mara, Jardim Romano, USP-Leste e Comendador Ermelino, a reconstrução das outras sete estações, o fechamento da faixa de domínio, a recuperação de 49 trens das séries 4400, 1600 e 5500, a modernização de 10 trens da série 1600, a aquisição de 20 composições de oito carros e a aplicação do Padrão de qualidade do Metrô.

[editar]Extensão do Expresso Leste até Mogi das Cruzes

Prolongamento do Expresso Leste, que hoje só vai até Guaianazes dentro da Capital, até a cidade de Mogi das Cruzes, atendendo também as cidades de Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano. Prevê-se a reconstrução das estações mais antigas e reforma das mais novas e também a compra de novos trens, para permitir intervalos inferiores à 4 minutos. O projeto foi paralisado em 2000 e a retomada estava prevista para 2008 para ser concluída até 2010 , mas com atrasos em licitações o projeto foi adiado mais uma vez para 2009/2010 e ter conclusão em 2011/2012 , mas para amenizar a espera dos usuários que por anos esperou , a CPTM eo governo do Estado de São Paulo implantou em 09/05/2009 o Expresso Leste na região do alto tietê com viagens em horários definidos, durante a semana são 14 viagens por dia em horários exclusivos, sábados, domingos e feriados são 16 viagens também com horários definidos, assim no projeto espera que o Expresso Leste esteja por completo até Suzano em 2011 para isso, haverá a aquisição de mais 9 trens para complementar a frota em sua extensão até Suzano, Mogi das Cruzes a previsão está para 2012,dependendo apenas da prefeitura local para a construção de viadutos , e o fechamento das passagens de nivel , podendo assim diminuir os intervalos. O projeto original prevê obras de modernização das estações do trecho Guaianazes - Estudantes, com remodelação da via permanente, rede aérea, sinalização, energia e telecomunicações.
Estão previstos investimentos da ordem de R$ 387 milhões até 2010. A expectativa é que a capacidade de transporte passe dos atuais 387 mil usuários / dia para 560 mil em toda a Linha 11.

[editar]Projetos de expansão

[editar]Linha 13

A Linha 13 - Jade, já foi chamada de Trem de Guarulhos. Interligará o Brás, no centro da Capital, à região do Parque Cecap, em Guarulhos.

[editar]Expresso Aeroporto

Também chamado de Linha 14 da CPTM fará a conexão direta do Aeroporto Internacional de Guarulhos com a região da Luz, na Capital.

[editar]Expresso Bandeirantes

Interligará o centro de São Paulo a Campinas, com uma parada em Jundiaí.
O orçamento previsto para este projeto é de 2,7 bilhões de reais.

[editar]Expresso ABC

Ligará a Estação da Luz ao município de Mauá em via expressa, paralela à linha 10.

[editar]Conversão de Linhas para Metrô de Superfície

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Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé.
Encontre fontes: Google  notícias, livros, acadêmico  Scirus
Existe o projeto de transformar algumas linhas da CPTM em linhas de Metrô de superfície modificando a tecnologia atual dos trens. O projeto originalmente incluía a linha 9 e o Expresso Leste. As obras no Expresso Leste estão paralisadas desde 2000.

[editar]Imagens das obras

Ver artigo principal: Galeria de imagens da CPTM

Referências

[editar]Ver também

§  SPTrans
§  EMTU-SP
v  e
1 - Azul  2 - Verde  3 - Vermelha  5 - Lilás* / **
CPTM 2071 VOL.jpg

[editar]Ligações externas



CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)

Obras

http://www.cptm.sp.gov.br/E_DESTAQUE/Obras_CPTM_10082010.jpg


Guia Acessibilidade  Ciclovia Pinheiros  Expresso Turístico

http://www.cptm.sp.gov.br/E_IMAGES/GERAL/servicos.gif
Serviços

http://www.cptm.sp.gov.br/E_DESTAQUE/Bicicl_Pinheiros.gif
Bicicletários

http://www.cptm.sp.gov.br/E_IMAGES/GERAL/cic_cidadao.gif
Ciclista Cidadão

http://www.cptm.sp.gov.br/E_IMAGES/GERAL/escolha_trajeto.gif

http://www.cptm.sp.gov.br/E_IMAGES/GERAL/DESTAQUE.gif

http://www.cptm.sp.gov.br/E_IMAGES/GERAL/faq.gif

Expansão do metrô e da CPTM é tardia

by Admin  last modified 2009-12-02 12:30
Entre 1994 e 2007, sob gestão tucana, o metrô de São Paulo avançou 11,8 km
www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/expansao-do-metro-e-da-cptm-e-tardia
23/11/2009
Michelle Amaral
da Reportagem
Leia mais:

CAOS. O transporte público em São Paulo

A obsessão por túneis, viadutos, grandes avenidas...


Com a promessa de melhorar a mobilidade urbana na capital paulista, o governo do estado de São Paulo tem anunciado com entusiasmo, através de uma massiva propaganda nos meios de comunicação, a expansão de seu sistema metro-ferroviário.

O Plano de Expansão do Transporte Metropolitano (Expansão SP) tem como objetivo aumentar a malha da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) para 80,5 km e modernizar 160 km da rede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a fim de que nela se possa operar o metrô leve – trem com vagões menores que tem pneus, mas anda em trilhos.

Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo (STM), além da ampliação e melhoria da rede sobre trilhos, o Expansão SP prevê a compra de novos trens, tanto para o metrô como para a CPTM, a reforma da frota atual das duas companhias, a troca do sistema de sinalização, além da construção de novas estações. Os investimentos na expansão do sistema metro-ferroviário de São Paulo chegam a R$ 21 bilhões e a previsão de conclusão do plano é em 2012, no caso das obras do metrô, e 2014, no que se refere à CPTM.

Solução
A primeira fase do Expansão SP deverá ser concluída no primeiro semestre 2010, com a entrega de parte da Linha 4-Amarela do metrô – seis estações –, com o restante do trecho – outras cinco estações – previsto para o segundo semestre de 2012.

A reportagem tentou entrevista com o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, mas a assessoria de imprensa da STM informou que não seria possível, por motivo de agenda. A STM emitiu uma nota ao Brasil de Fato onde a assessoria de comunicação comentou as questões relacionadas ao transporte coletivo da capital paulista, com atenção ao metrô e sua expansão.

Segundo a nota da STM, a Linha 4-Amarela é chamada linha integradora, porque “terá conexão com todas as linhas do sistema metro-ferroviário”, desconcentrando, assim, o fluxo de passageiros na estação Sé.

A STM, na nota, apresenta o plano de expansão da rede metro-ferroviária como solução ao problema da mobilidade urbana da capital paulista e à superlotação do metrô e da CPTM.
Contudo, Lúcio Gregori, engenheiro e ex-secretário de transportes da cidade, pondera que “uma coisa é dizer que a expansão vai melhorar, outra é dizer que vai resolver completamente”. Segundo ele, existem muitas medidas que devem ser tomadas para a solução da mobilidade urbana de São Paulo, além do Expansão SP, como ampliação de corredores de ônibus, por exemplo.

Além disso, Wagner Gomes, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ressalta que a ampliação da rede metro-ferroviária está muito aquém da propaganda. “Se você fosse somar as propagandas à quantidade de metrô que cada governador diz que fez, já daria uns mil quilômetros de metrô”, ironiza.

Segundo o metroviário, há cerca de quinze anos, com o início do período de governo do PSDB no estado de São Paulo – de Mário Covas, em 1995, até José Serra, atualmente –, que as propagandas a respeito da expansão do metrô são veiculadas. “Da propaganda para a vida real é que é o problema, não constrói, eles só fazem a propaganda. Se eles fizerem o que estão prometendo na televisão, vai solucionar uma parte grande do problema. Agora se for só propaganda, como sempre é, não vai adiantar nada”, protesta Gomes.

Covas iniciou obras de extensão do metrô em 1998, com a construção da linha 5-Lilás. Até 2007, a gestão tucana construiu 11,8 km de metrô na cidade de São Paulo.

Viés eleitoral
As propagandas sobre o Expansão SP ganharam fôlego a partir do segundo semestre deste ano. O plano está em andamento desde 2007. Lucas Monteiro, do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPL-SP), aponta que tais propagandas já servem como campanha eleitoral para as pretensões presidenciais de Serra. “Há um viés de construir no imaginário das pessoas que o Serra construiu tantas estações de Metrô, o que é uma propaganda política muito forte”.

O militante do MPL explica que, dessa forma, a expansão do sistema metro-ferroviário não cumpre o papel de solução para a mobilidade urbana da capital paulista, porque acaba sendo pensada do ponto de vista de se criar visibilidade, “não pensa a mobilidade urbana com vista para as pessoas envolvidas na cidade”.

Monteiro também destaca que não há um diálogo com a população sobre como essa expansão deva ser feita. “A expansão é feita de uma maneira extremamente centralizada, o plano inteiro foi elaborado pelo governo do estado sem consultar os usuários e os trabalhadores do transporte”, alega. Assim, segundo ele, cria-se “uma expansão que é pensada de uma forma extremamente gerencial, que não é pensada nas demandas da população”.

Superlotado
De acordo com levantamento de 2008 da Comunidade de Metrôs (CoMET, sigla em inglês), organização que reúne os 11 principais sistemas de transporte sobre trilhos no mundo, o metrô da capital paulista é o mais lotado do mundo.

A superlotação, entre outros fatores, é atribuída ao tamanho de sua rede. Hoje, o metrô tem 61,3 km de extensão e transporta cerca de 3,3 milhões de passageiros por dia. Nos horários de pico, os vagões chegam a receber até 8,6 passageiros por metro quadrado (m², sendo que o “suportável”, segundo a norma internacional, é de 6 passageiros por m²
Se comparado às principais metrópoles do mundo, a rede de metrô de São Paulo é a menor. A maior é a de Nova York (EUA), com 479 km.

Na América Latina, um exemplo próximo ajuda a entender a dimensão: os cerca de 11 milhões de habitantes de São Paulo contam com 61,3 km de metrô, enquanto que em Santiago, no Chile, a população de 5,5 milhões tem à sua disposição 83,2 km. O dois sistemas começaram a ser construídos na década de 1970 e mesmo ao término da primeira parte do programa de expansão, em 2010, o metrô de São Paulo, com 80,5 km, ainda será menor que o de Santiago.

Paliativos
Como forma de amenizar a superlotação, o metrô e a CPTM lançaram no início de outubro o programa “Embarque Melhor”, que trata do controle de acesso de passageiros nas plataformas nos horários de pico para embarque na Estação Sé do metrô, a mais movimentada da rede, e na Estação Tatuapé da CPTM.

Para Wagner Gomes, a solução apresentada pelas companhias não passa de uma medida paliativa, que não resolve o problema em sua totalidade. “Para o usuário é ineficaz, porque não resolve, é o mesmo número de trens, o mesmo número de quilômetros de metrô. Para os funcionários só vem com aumento de stress”, esclarece. Os trabalhadores do metrô e da CPTM é que realizam o controle de entrada dos passageiros nas plataformas.

Lúcio Gregori afirma que apresentar esse programa “como solução do problema de superlotação de plataformas e trens parece piada de mau gosto”. O engenheiro cita o exemplo que leu em uma crônica, na qual o autor sonhava que os inventores passavam o resto de suas vidas utilizando suas próprias invenções. “Penso o mesmo sobre quem inventa e quem autoriza a veiculação dessa 'solução' para a superlotação do metrô: deveria passar o resto da vida entrando e saindo do metrô nas horas de pico”, ironiza.

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